segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Alvorada da Esperança

Alvorada da Esperança

Mais um ano amanhecendo no portal do
Tempo! Prelúdio de uma nova alvorada
Quem nunca alimentou um sonho novo
Quando o calendário é página renovada!

Será os olhos meus verão a ti
Será no teu sorriso vou estar
Ou o nunca para nós vai existir!?
E o para sempre nunca nos será!?

Quem não ousaria sonhar a plenitude! Na
Doce fonte tua descansar minha saudade
Sem os asteriscos, parênteses... Cuidados
Tecer a peles nuas nossa felicidade!

Que para todos seja a realização
Dos anseios guardados, a libertação
Tuas portas fechadas vendo a amplidão
Mãos desencontradas... Perfeita comunhão!

Porque ao se querer verdadeiramente
O nada não existe e tudo é atingível
De corpo e coração, de alma e de mente...
Não há, nem haverá lugar ao impossível!

*****
A todos um...
2 0 0 9 * Espetacular
De Amor Especialíssimo
Alvíssima Paz
Saúde Abundante
E muita Inspiração
Com a Graça do Alto
Em todos os momentos!!!

Iza

31/12/2008

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Procura

Procura

Noites de desejos esmagados no cinzeiro
A ausência e o cheiro esmiuçando a razão
Nesse barro onde meu corpo se dissolve
Não há policromia... Nua e crua solidão!

O silêncio percorrido a passos lentos... Tem
Tua exata dimensão, orvalho da tua mão
A trilha do teu abraço, boca dos teus beijos
E como pulsa no meu... O teu coração!

Enquanto o espírito te constrói em glórias
Saudade me veste na transparência da lágrima
Lembranças cachoaram-me nossa trajetória!

Já nem sei onde estou ou me acho! Se no
Barro da dúvida ou no peito da certeza! Sou
Queda e grito nesse desencontro de corpos...

Calado riacho! Onde meu coração busca tua
.................................... Correnteza!

By Iza
23/12/2008

Ré Confessa

Ré Confessa

Como me cutucam as palavras! Insanas! Num tamborilo sem trégua, desatinam o peito meu reclamando suas asas, presas nas pontas dos meus dedos! Cochicham meus segredos, detidas entre as grades da incerteza, avançam e recuam receosas... Pois destampam n'um penhasco fendido entre o sonho e a realidade!
Sua verve assanhada me lambe e me arde, não cala e nem consente calar! Flamantes! Conglomeram as minhas vontades e, sem um não convincente, permito me levarem... O teclado, em mudo arrepio, se deixa acariciar refletindo a alma minha no espelho da escrita!
Letra a letra, Verso a verso! Brancos, rimados ou quebrados! Deságuam pedaços do meu cotidiano, desvendam meu imo, inventam o destino que o meu coração almeja, falam o que não devem, sem importar com os desvãos... Beiram a contravenção!
Porquê!? A flechada da Poesia, profunda e permanente, é farpa incendiada e sempre benquerente! De fio a pavio, sem aviso ou hora marcada... Martela na mente, correndo no sangue lateja no peito!
Não tem jeito, é causa vencida!
Minha residente, eterna maresia, perfeita alquimia! Ré confessa entrego-me à algema querida e liberta, do pranto e da festa, da santa
......................................................................... Poesia!

By Iza
22/12/2008


sábado, 20 de dezembro de 2008

Sem Poréns ou Senões

Sem Poréns ou Senões

Nosso endereço é o luar... Onde
Plantei jasmins no cheiro do sentido
Perpetuei o sonho longe de outros caminhos
Fechei os olhos todos, apaguei os ouvidos...

Ao mundo!!! Que teima povoar
Ervas daninhas em nossas brotações
Pecando os frutos todos do nosso sentimento
Sem saber a raiz das nossas emoções!

Quero poder voar em sumida amplidão! Plena
De tuas palavras, senhora das tuas invocações
Ser tua musa, sem poréns ou senões!

Na pele em combustão encharcar teu sol
Porque enganos não há! Sou chama
Viva à espera do teu arrebol! Não...

Este estopim contido, qual frágil e lento
..................................... Caracol!

By Iza
19/12/2007

Sem Ti

Sem Ti

Entrelaço nossas mãos numa branca página
Neste momento acolhendo minha nova canção
Mas não ouço tua voz, nem sinto teu chamado
Entoar um canto novo só com tua afinação!

Inda que isto me custe eterna solidão
Não há possíveis verões sem tua voz
Nem luas seresteiras à janela do coração!

Não adianta não! És prece de uma vida
Resposta às súplicas d'alma minha! Sem
Ti desconhecido endereço... Ilha deserta!

Sem ti um fragmento, puzzle de peças soltas
......................................... Incertas!

By Iza
17/12/2008

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Todo Esplendor

Todo Esplendor

Embevecida contemplo o céu inda em saiotes de neblina, aos poucos rasgando-as numa franja azulínea... Toca trompetes sem nuvens, em violões e banjos se abrindo no umbrífero vale onde dança o rio em braçadas de meninos sendo povoado!
Nos campos, em glórias, o astro rei bebe o hialino orvalho iriando sorrisos multicores... Ao passo que, em ramalhadas de gorjeios, moitas de asas espreguiçam a noite afinando o orquestral da aurora em trilos alvissareiros!
Um sino geme o primeiro sinal da missa... Enquanto o cortejo de fiéis quebra o silêncio da rua, alguns terços balbuciam fervorosas ave-marias!
Paro! Deixo meus olhos amarem a majestade desse instante onde, opípara, a vida acontece em apogeu!
Há coleirinhas nos braços de goiti, saracoteio indizível dos bem-te-vis, primeiro gole de flor do colibri! Airosas, as borboletas, na pontinha dos pés indo e vindo num inédito ballet estream rúbeos botões, encharcados de sol, uma a uma grassando suas pétalas!
Logo adiante, ciscando travessuras... Pardais beliscam promessas de um desjejum sob o olhar de um velho pinheiro, despenteado em cabeleira de andorinhas!
Ficará em mim essa manhã de dezembro... Quando, n'um aleluia interior resumida, sou regozijo e adoração ao Todo Esplendor! E no alvor desse momento inarrável em exaltação minh'alma jubila a vida
................................................................. Maravilhada!

By Iza
18/12/2008

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Brevê

Brevê


No ventre do sono

Ainda respirando você

Zênite dos meus sonhos...



Brevê! Para o vôo da minha

...................... Saudade!



By Iza

17/12/2008

Ninho de Poemas

Ninho de Poemas

Atenho-te no caudal das minhas recordações! Tardando meu barco no pier dessa saudade... Que invade e se apossa das minhas marés, num bate e rebate de vagas profundas!
Âncora onde firmei minha claridade! Sequiosa gaivota, no outono da vida, num sonho acordado alimentando suas asas... Respingada de palavras constrói seu abrigo num ninho de Poemas!
Apenas sílabas presas umas às outras, numa rede de versos pescando emoções... Pequeninas conchas recolhidas nessa praia onde teu mar afina violinos, despertando as madrugadas na saliva das horas inquietas!
E o vento entoando maresia vem dizer-me do dia que amanhece! Sem pressa recolho meus pensamentos mastigando-os demoradamente, para que não se percam durante o sono!
As lembranças levo comigo, são o mastro principal do meu barco... Raiz da minha sanidade! Afinal, venceram todos os vendavais que a vida me apresentou e, intactas, ainda razoam meus dias quando a lucidez é ameaçada por essa saudade que é vértice, sem tempo e sem
...................................................................... Medidas!

By Iza
16/12/2008

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Em Ti Peregrino

Em Ti Peregrino

Eu sei que o tempo vencido
No braseiro da vida é apenas fagulha
Dos coriscos mortais em estopins insurrectos
Costurando tempestades com negras agulhas!

Também... Das cartas escondidas na manga
Desse tempo fugidio e astuto! Porém
Não temo seus estrondos... Frêmitos
O sei, em seu próprio espaço, dissoluto!

Porque... Quando a verdade na mesa
Não há baralho que desfaça o destino
Falsas cartas perdem a fictícia realeza!

Obstáculos!? Meros inquilinos
Num salto transpostos sem hesitação
Passageiros clandestinos! Neste Amor...

Pelo eterno prescrito, inda assim, em ti
................................. Peregrino!

By Iza
14/12/2008

Não Precisas de Acontecimentos

Não Precisas de Acontecimentos

Que adianta respingar-me palavras
Se tremes à primeira ventania
Não ousas campear esse sentimento
Soltar tuas rédeas em nossa analogia!?

Que vale desembestar ladeiras
Se na hora do agá
Sempre vencem os contratempos
Banindo meu sol do céu do teu olhar!?

Para que cutucar meus lamentos
Se na carícia do vento
Me transporto para ti!?
Não precisas de acontecimentos!

Já te sou mais que a mim
Sei deste querer o conteúdo
E que me alcanças inteira
Nesse teu timbre agudo...

Que avassala meus quintais
Te fazem meu escudo, ante todos
................................ Tudo!

By Iza
12/12/2008

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Delirando Sóis

Delirando Sóis

Apenas uma mulher... Perdida numa neblina confusa! Alheia ao mundo, olha o nada rabiscado pelas lágrimas! Nesses momentos descobre-se tão pouco sua, tão longe espírito, transcendendo o corpo que tem o seu nome, mas retardatário não transpõe as pontes consigo, desagregando-se quando nesses mundos absorta divaga.
Talvez, procurando descobrir suas reticências... Perguntando-se das tantas luas sumidas, retorna seu caminho para ver onde afinal a noite aconteceu!? Qual curva dobrou sem regresso, deixando numa rua passada o motivo dessa inquietação interior!?
Nesses momentos, nua de certezas, é só pensamentos! Sem tato e sem voz, anestesiada à realidade parece! Órfã de amanhãs, apesar do vasto trigal onde sonhou o pão da felicidade!
Tentou! E, após atravessar tantas pontes, finalmente delirou seu sol! Porém, num céu de aluguel... D’onde não poderia retirá-lo, pois seu brilho já luzia nos olhos de outros girassóis e arrancá-lo seria chover dores, calcinando todas as pétalas!
Indecifrável! Olha suas mãos de labores tantos, rendas de difícil tessitura! As vê tão vazias, como se a ceifa não houvesse acontecido e todo o plantio sido feito sobre pedras, onde nada germinaria! Somente o deserto! Onde seu olhar, preso às areias das horas, ainda tenta erguer castelos que o vento do amanhã poderá soprar lonjuras
................................................................... Do coração!

By Iza
15/12/2008

domingo, 14 de dezembro de 2008

Saudade Sem Poente

Saudade Sem Poente

Quero-te nesta canção... Amalgamado
Cifrando essa saudade sem poente
Incondicionalmente, de corpo e de mente
Sem Janelas abertas nosso mundo conjugado!

E quando... No estribilho nos dissolvermos
Cantarmos bem alto em uníssona voz! Mas
Não derramemos nossa água toda na foz
Deixemos-a no leito para a revolvermos!

Coreografando novos passos desnuar a castidade
Alargando nossas margens enrolados em abraços
O infinito tão pequeno para nossa felicidade!

No suor murmurado lavemos gemidos
Soluçando rouco céu... Desconhecido
Num beijo lambido de eternidade!

Quero-te nesta canção... Amalgamado
Sem a roupa dos sentidos, perdido e
.......................... Abandonado!


By Iza
14/12/2008

sábado, 13 de dezembro de 2008

Absoluto Amor

Absoluto Amor

Da cor do teu sorriso pintei o céu da minha existência! Tua lua dourada dependurei no umbral dos meus sonhos, para que sempre sejam o teu pouso certo, sem escuridão na voz, nem me faltem quando trevas ameaçarem o semblante da alma minha!
Despenteei todas as incertezas, as amarrei às aflições jogando-as ao vento, no precipício de um grito, para que não mais me amolem com suas inquietações! Para que? Se esse teu azul sempre fala mais alto ao meu coração!? Se a convicção declarada dos teus gestos me dizem ao espírito da verdade absoluta deste amor!
No meu olhar fiz único o teu arco-íris! São tuas as nuances todas do meu interior! Na ternura dos olhos teus perpetuei os meus, para que o mundo que te abraça faça em mim uma extensão da tua paisagem, habitando-nos um mesmo horizonte!
Já não posso com a saudade... Mas aprenderei! Não mais ferirei borboletas! Abrirei os meus jardins todos, rindo-lhes todas as entrelinhas da minha dança! Afinal, as cultivo desde remoto tempo para que me falem de ti... Sendo as minhas, as mesmas que na tuas áleas versam nos emprestando seu vôo para, na amplidão do sonho, nos amarmos no casulo de um Poema!
Feérico Amor! Desconhecendo os cárceres da realidade, de flores todas se enfeita, ensaiando colibris no peito da liberdade... Sem importar o amanhã, apenas uma conjectura que não nos cabe escrever, mas viver essa Poesia que nos foi imortalizada no coração
...................................................................... Da Vida!

By Iza
13/12/2008

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Inverno de Ti

Inverno de Ti

Andam estorricadas as terras da minha Poesia
Sem a fertilidade das tuas palavras... De sol cheias
Despetalando-se incontinentes, salpicando meus
Vales de estrelas, luares sem chaves... Cadeias!

Vazios vales, agora! Erodidos pela saudade!
Não brotam rimas, nem cantam o desassossego feliz
Das tuas mãos, em covas de alegria, rindo em minha
Geografia... Da felicidade me plantando a raiz!

Nos meus olhos a colheita anuncia-se abissal
Sobreviver ao teu estio é abrir-me o ventre
Ao silêncio, plantar pássaros negros no quintal!

Apagados! Espelhos do nada! Mesmo
Sedentos de ti reflorestam teu cheiro, na
Esperança de uma longa chuva tua, recolhem-se...

Tremendo este inverno que teima fecundar-me
.......................................... Nevoeiros!

By Iza
12/12/2008

Tormenta de Saudade

Tormenta de Saudade

Mais um dia alvoroça suas asas! Num sol sobranceiro invade a varanda, soltando as rédeas do vento encrespa o topete calado das árvores!
Despertar no verde dessa manhã em caules erguida ao céu, botões rindo borboletas... É habitar o majestoso silêncio da criação, que tudo fala neste momento, sem singrar uma única palavra! Para que!? Se me enchem os olhos o rio em garças de alegria, a rua cantando vida, crianças de abraços, canoro namoro dos passarinhos!?
Guardo-me nesse silêncio, sem amarras, rindo memórias felizes!
Nos lençóis, agora distantes do meu corpo, jazem tuas lembranças... Misturo-as com a graça dessa hora e faço meus pensamentos de tua maré cheios!
A madrugada, povoada de sussurros, ainda dança em meu ventre quando crepitei nos teus dedos todas os meus vendavais, vestindo o teu nome em suspiros e ais!
Tua voz, carícia de seda, ainda copula meu nome qual fosse eu o teu céu! Sem limitações, escorrendo da tua boca para a minha beijos em procissão!
É... Uma manhã que merece todas exclamações!
Que me rouba os olhos em açucenas e rouxinóis desbravada, lambendo-me arrepios ao sentir teu chamado!
É... Uma manhã sem sinônimos! Escrita por tuas mãos no relvado da
minha pele, prenunciando chuva forte...
´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´
´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´
´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´
´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´
´´´´´´´´´´´´´´´´ Tormenta de Saudade ´´´´´´´´´´´´´´´´´

By Iza
08/12/2008

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Pavios da Tempestade

Pavios da Tempestade

Porque tão triste cantas, canarinho do meu
Peito!? Ruminando cinzas pensamentos
Será a solidão que ora te devora
Procela de lembranças em nuvens de advento!

Há um grito costurado aos olhos teus
Rasgando a alforria da felicidade... Aos
Poucos consumindo o vinho do sonho
Ferindo a esperança... Punhais da realidade!

Noites! Pavios das tempestades! Em luas Menores
Cobertas de heras... Tear da insonia fiando
Saudades, tornando as horas imensas crateras!

Mas, quando tinhas asas, lembro-me bem
Das manhãs sem neblina em tua voz
Não! Esse agora do silêncio refém! Não


Esse rio sem curso, seca nascente e
............................. Morta foz!

By Iza
11/12/2008

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Controvérsia

Controvérsia

Esta manhã... De pássaros na lembrança
Bailando asas nas ramagens da saudade
De grades livres às borboletas e pardais
Purpúreas rosas sobejando mocidade!!!

Meus olhos embebidos na roupagem de Deus
Vista em cada sopro, cada detalhe... Recanto
Quem mais seria capaz de vestir assim
A azaléia... O colibri e o agapanto!?

Quem mais faria um riachinho dançar tanto
Sobre os cascalhos afinaria tão belo canto
Calvados montes, de orquídeas, um belo manto!?

Na primavera estamparia raras fragrâncias
Versos... Em bem-me-queres de encanto!? Sua obra
Maior muitas vezes, em controvérsia, entretanto...

Ainda assim reza o egoísmo, amanha o
.................................... Pranto!

By Iza
10/12/2008

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Memórias

Memórias

Uma lágrima com as tuas digitais na face da minha Saudade! Memórias! Reconstruindo nossa história, em fragmentos dispersa, vou remendando o meu sonho... Ora cabisbaixo, nessa sombra silente onde se fechou!
Abro as dobras do tempo moldando nossas pegadas sobre o papel, já pincelado pela emoção incontida gotejando-me dos olhos, indo morar sobre um verso inacabado... Fissurando o coração, arranhando as palavras do peito do Poema que, pintado de fresco, ainda secava suas últimas interrogações deixando no ar a necessidade de uma derradeira exclamação!
Porém, o sonho não permite cadeias! De rompante, quebra o ocaso prometido e, entre aspas, “abre o sol” trazendo teu riso solto para estes versos libertos onde nossas almas brincam entre linhas e sem reticências.
Não! Não posso cultivar poentes quando minha aurora se faz nas tuas cores, tão intensas, jorrando pedaços de céu sobre este mar que tem o teu nome e conduz o meu barco para nossa enseada, onde nada pode macular o azul do nosso tempo... Sem musgos no pensamento, nem palavras ressequidas que o mundo tenta escrever em nossas vidas.
Vou! Vou sim! Nessa transfusão de alma continuar plantando gestos, pois no meu coração não existem perguntas sem respostas e não preciso de promessas! Basta-me somente essa certeza que corre por minhas veias, sangue da minha Poesia, que pulsa e alimenta minha...
.................................................................... Existência!

By Iza
09/12/2008

domingo, 7 de dezembro de 2008

Enraizado

Enraizado

A noite, de negro impossível, descerra suas portas e, engolindo tudo, vai vestindo luto na tarde tão prosa... Deixando no ar o cheiro feliz do ontem vivido, em lenços tão tristes recolhendo o sol! Calados sinos, estes versos meus, até poderiam chorar tua partida! Mas estão resolvidos a não declamarem lágrimas, apenas recostam-se nas palavras já erguidas, abrem-me as comportas todas levando-me ao teu leito onde minhas águas permanecem, mesmo sem esperança do teu mar!
No barco do teu silêncio me deixarei esperando teu remo me levar... Quem sabe um gesto ou um aceno! Ou talvez, um sopro apenas, dizendo-me de antigos luares sem este crepúsculo vestindo o meu olhar!
Sou uma devota solitária em romaria de lembranças! Sem hinos, nem velas! Somente uma frase solta da história da tua vida que, por mais que tenha querido, não conseguiu habitar teu Poema inteiro... Ser ponto final, enfim!
Nessa penumbra assomando o meu mundo é mais fácil esconder-me do teu eco. É mais fácil olhar o meu espelho e não sentir tua música presente, tua mão em agasalho, a primavera dos teus traços!
Um pássaro que voou fechando minhas asas dentro do peito, rasgando o grito do sonho que traduzia-me em felicidade! Aos pés dessa noite medrada fica ainda uma palavra presa entre meus dedos... Viúva que estou do teu riso, das tuas exclamações!
Mas o sonho rasgado nega-se a sepultar-se! Grita, desgrenha-se, ruge! E, em mim, se faz redenção. Pois sabe a terra onde enraizado,coração da verdade, sempre em floração sem importar o inverno crescente...
.................................................... Teu sêmen eternidade!

By Iza
07/12/2008

sábado, 6 de dezembro de 2008

Pólen do Teu Coração

Pólen do Teu Coração

Ah! Meu Amor para sempre... Não sabes

Do teu amanhecer no céu da minha Poesia
Águas permanentes cantando no meu leito
Da tua moradia nas asas dos meus dias!

Em cada melodia que entoa a natureza
Posso eu sentir teu abraço de saudade
Efêmera borboleta beijando meus cabelos
Brisa de ternura no chão da realidade!

No olhar das flores, tuas mensageiras
Rúbeas de paixão! Rósea... Branca mansidão
Palavras nunca ditas se fazem compreensão!

E se acaso me soam os trompetes da solidão
Folheio bouquêt de lembranças debruçada em tua
Canção, lendo em cada pétala a seiva da alma tua...

Entreabro o meu peito ao pólen do teu
.................................... Coração!

By Iza
04/12/2008

Penas


Se Soubesses...

Se Soubesses ...

Das estrelas que cultivo... Em
Rasgos de paraíso, nesgas de saudades
Da minha alucinação em teu corpo a brincar
Tinto vinho suado da santa felicidade!

Tu virias! Rendido e abandonado... Sem
Os ponteiros do passado, servir-se da minha
Mesa, fartar-se em meu ofertório, beber
Da fonte que jorra... Oásis precipitado!

Se soubesses... Da cor dessa solidão! Por
Certo desmancharias os teus poréns, teus senões
Traria teu coração na palma da tua mão!

Se pudesses, como eu sentir, a lava que arde
E queima, o peso da tua ausência... Na
Pele desse desejo, na curva do pensamento!

Por certo te queimarias nas chamas dessa
....................................... Demência!

By Iza
29/11/2008

Incontido


Um Só Coração

Um Só Coração

Meu amor...
Se o teu olhar calar antes da minha partida
Teu sorriso o meu espírito não mais iluminar
Que não seja a ausência lonjuras! Pois
Então o silêncio será a música da minha vida!

E todas as cores do dia obumbradas se farão
Se o teu sol permanente... Do meu existir banido
Sem tua estrela maior não há noite ensolarada
Tão somente a saudade fustigando a solidão!

O inverno então será minha sempre estação
Mudas as gargalhadas do meu corpo em tuas mãos
Os sonhos, d’antes férteis, em lágrimas murcharão!

Mas, se assim... Para breve o reencontro!
Minh’alma apressará o fim do calvário
Do pranto! Pois do lado de lá estará...

No peito do teu amor a metade do meu
................................... Coração!

By Iza
02/12/2008