segunda-feira, 25 de maio de 2009

A Música do Teu Coração

A Música do Teu Coração

Sabe Pai... De ti, eu sei, herdei a Poesia

Tinhas dentro dos olhos o gesto da emoção
Teu sangue vibrava canções por tuas veias
Alegria contagiante... A música do teu coração!

Paro no tempo cismando paisagens... Nossos
Olhos abraçados sintonizavam estrelas, dançando
Luares conversavam silêncios! Singulares partituras
Aos outros, noite escura, impossível compreendê-las!

Nesse afino de almas cantarolava uma criança
Feliz... No acordeon dos teus braços brincando
Saudade eternizada em minh'alma aprendiz!

Quão pouco, Pai! Quão pouco! Um nada... Para o
Tudo que quis! Lembras!? Eras o céu da amarelinha
Chegadas ridas! Partidas... Pelas emoções beijadas!?

Pai! A vida é simulacro sem o som da tua estrada
............................................ Na minha!


Te Amo...
Desde o meu primeiro raio de sol!!!

Iza
18/05/2009

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Pai

P A I

Pai! Este é o teu nome! Não te sei Alcides
Nunca assim te evoquei em meu gritos! Nome
Estranho aos meus ais... Tú és Pai! Papai! Painho!
De olhos azuis e gestos infinitos!

Lembro imenso, sabe!? Da tua alegria quando
Rolávamos gargalhadas no céu da minha infância
Deus! Como o tempo passa! Como dói
Esse nada, mãos atadas à desesperança!

Ando... Como quem perdeu o leme! Sentir-te
Ausente do mundo, saber-te ocaso! Pai!
Se o sorriso me ensinou, porque ele chora agora!?

Meu Pai! Pai nesta terra! Chão onde me plantaste
Orgulho do meu coração! Trabalhador como
Poucos! Meu sei e sou foi no teu peito colhido...

Deus! Porque não posso despedir o
.............................. Adeus!?

T E * A M O, P A I ! ! !

Porque a vida tem seu tempo e o tempo
não explica, nem conjuga sentimentos...
Quisera poder ao Amor prender-te
........................... Tempo!!!

Iza
08/05/2009

terça-feira, 5 de maio de 2009

Asas Silentes

Asas Silentes

Ando enclaustrada Poesia
Sem os holofotes quase rotineiros
Nas ruas das minhas palavras! Dela me
Fiz ausente... Perdi a trilha e o cheiro!


Parece as estrelas guias calaram sua voz
E todo verso cavado morre sem ascensão
Cutuco e me nega a fala! Avanço
E a rima escapa... Negando ressurreição!

Rabisco o peito do sonho na esperança
De ais... Dormente permanece
Te digo até parece lavra do nunca mais!

Varo madrugadas espreitando um cochilo... Porém
Ao meu vagido faz-se mouca de ouvidos, cerra os
Lábios do Poema fingindo desertos! Despetalo-me...

No precípite do grito em silêncios
.............................. Ferido!

By Iza
26/03/2009


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segunda-feira, 4 de maio de 2009

Infinitivo Absoluto

Infinitivo Absoluto

Era uma vez e para sempre, este amor
Concebido no seio da vida... Sobrevivente
Oceânicas tribulações! Sem ditames
Testemunhas... Pertinazes asas proibidas!

À penumbra do mundo alicerçamos a felicidade
Sansões de fortaleza... Jós de paciência
Não se pode colher o pão se pecarem as espigas
Erigir castelos em babéis de incoerência!

Mesmo o aço é provado em fráguas de ardor
Na bigorna do ourives o ouro ao pó rendido
Rocha fragmentada aos pés do britador!

Do nós, o sacrário... Mesmo se ventos contrários
A mão e o cajado, uno passo, indissolutos
Fiéis ao nosso desígnio vencendo calendários...

O sol do espírito, n'um só tempo conjugado, infinitivo
.................................................. Absoluto!

By Iza
03/05/2009


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sábado, 2 de maio de 2009

Sem Tuas Raízes

Sem Tuas Raízes

Viver sem ti!? Como!? Digas
Por ti amestro tigres, domo leões

Meu dia só acontece na clareira do teu
Olhar... Íris de todas as minhas amplidões!

Seria talvez... Feito a sombra
Inexistente, sem o reflexo do teu Amor
Meu sol, sem tuas raízes, é não-ser
Ao nada dos nadas conduz!

Analfabeta! Assim a minha Poesia
Lágrimas em rimas de sangue

Seria talvez, apenas... Bonita caligrafia!

Sem luas de cheiro, farpado horizonte solidão
Pretérito presente em letras sem endereço
Estrela cativa do ontem acontecendo...

Noites n'um Poema avesso, esboço feito a
....................................... Carvão!

By Iza
14/04/2009


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sexta-feira, 1 de maio de 2009

Teus Olhos

Teus Olhos

Teus olhos me aprenderam as nuances
Das minhas cores fizeram cartilha
Entre a bruma e o sol, o alvo e o negro... Me
Pintam sem parcimônias, janelas e escotilhas!

Me sabem os travessões, dois pontos,
Vírgulas, parênteses... Alforriando pudores
Diapasões de ternura desvelados em céus
Desvario querido no peito em tambores!

Da seiva, a essência... Alma do sentimento
Em versos manifestos ao mundo propalados
Me colhem e traduzem as curvas do pensamento!

Esquinas se desfizeram nas mãos do teu coração
Ruindo reticências libertaste minha voz! Dos
Antigos rascunhos só cinzas, então... Meus olhos

Nos teus, gêmeos da felicidade, maravilhado
............................................... NÓS!

By Iza
30/04/2009


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