quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Amor Antigo - Maria José Zanini Tauil


O que dizer da minha Linda Amiga Jô!?
Um encontro bendito, numa rua da Poesia, neste turbulento
universo virtual! Foi assim que a conheci e, desde então,
passamos a caminhar juntas, abraçadas em versos e também na
vida!
Jô é Mulher de Fibra, de uma Fé Inquebrantável e por onde passa
sempre deixa seu Rastro de Amor! Assim é essa minha Irmã-Amiga
sem Fronteiras, que aprendi a amar no dedilhar dos dias!
Mestra da Poesia, que nos agraciou com um Poema Inédito seu!
Obrigada, Amiga!

AMOR ANTIGO

A noite era nossa
De braços dados
Caminhos encantados
Amarrados um no outro
Nossos corações...

Tínhamos o amor
Colecionávamos ilusões
As alvoradas nos encontravam
Envoltos em emoções
Fogo queimando em braseiro
Corpos ardendo inteiros

Tempos depois
Tão frios e distantes
Dois vulcões apagados...
Mas um vento sudoeste
Põe em alvoroço as cinzas
Eis o amor extinto, renascido

Traz novo vigor, nova vida
E nossas almas tão sedentas
Se abrem docemente
Para sensações jamais vividas
Almas até então desfalecidas
Que se entrelaçam mais unidas

Amor antigo, jamais esquecido
Poderia estar apenas adormecido
Mas resplandesce ao sol
É o amor da juventude
Que o tempo tentou apagar
Mas não conseguiu...

Maria José Zanini Tauil


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Eu e Meu Escrever - Beatriz Prestes


Há quanto tempo conheço a Beazinha!?
Creio que SEMPRE! Ao menos, é assim que sinto!
Pois desde o primeiro instante soube da sua essência,
seu jeito suave de ser... Toda amor, ternura infinda!
Minha Irmã e Amiga Amada, Estrela fulgente no céu da Poesia,
Ser Humano Especial, que orgulho-me de haver conhecido
e guardado em meu Coração! Um verdadeiro presente dos céus
em minha vida!
Eis uma pequena amostra da sua poética inconfundível:

EU E MEU ESCREVER

Vivo inteira
O meu inteiro escrever
Versos diretos
Falando do amor
Tantas vezes sobre dor
Que para mim é certo
Versos pelos quais
Caminho rumo ao desconhecido
Ao totalmente incerto
Algumas vezes escrevo
Sobre meus sentimentos
Entremeados por lágrimas
Alguns nós teimosos
Insistentes na garganta
Que me impedem o suspirar
Vou entre sonhos e desejos
Felicidade esperando no peito
A hora de emergir
A hora de comemorar
Deixo-me por versos embalar
Como juntar pensamentos
Para tentar colher momentos
Como colhem-se flores
Através da sutileza
De mãos macias
Mas intensas
Que logo depois como pétalas
Tantos versos
Irão derramar
Escrevo e mais escrevo
Como a semear primavera
Em mim a desabrochar
Tanto falo e falo
Para dizer de mim com cuidado
Sobre meus sentimentos
Que se vão.........
Como semente de poesia
Em solo fértil derramado

Beatriz Prestes


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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Me Escrevi Nesta Verdade

Me Escrevi Nesta Verdade

"Longos são os caminhos que a vida nos propõe e,
os trechos vencidos, não se traduzem em glórias!
Pois, a cada esquina há tropeços e, vezes o soerguimento
deixa de ter motivo... Já não traduz nossa vontade! Apenas,
nos vence o cansaço e pensamos abandonar o barco
pois as vagas se fazem muito maiores que nós!"

Te escrevi esta verdade! Me escrevi nesta verdade!

Já não há bonança nesta antiga paisagem... Tentei! Juro que tentei!
Amenizar o clima, afagar a imagem, lograr a realidade! Mas... Venceram-me as brumas que circundam tua casa, já não há possíveis remendos capazes de salvar, ressuscitar as velas dessa flotilha da fumaça!
Prevejo um céu nublado! Noites sem aparatos! Os soluços da lua, sem emendas ou recatos... Estrelas calvadas de luz sob um páramo nuveado e toda uma vida fugindo entre os dedos da insensatez!
Peanha de espinhos, que sempre previ!
Liberdade ou viuvez?
Não sei!
Só sei que fui o possível... E até o impossível!
Abusei da compreensão, distei da sanidade, iludi a conciência, consumi-me em obediência, gastei a paciência, violentei minhas raízes e, finalmente, vi:
Não há ventos favoráveis, nem à vida conduz! Este permanecer sem estar, ser sem sentir, inércia do existir, ladainha longeva, abraço à..
.......................................................................... Cruz!

By Iza
23/02/2009


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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Semeando Pássaros

Semeando Pássaros

Pudera eu! Quem dera nossas primaveras
Meu peito aberto ser a tua terra... Relva
Orvalhada onde te reclinas! Teu sol consentido
Sem a sombra aflita que ora o encerra!

A passos mansos contigo seguir na face da vida
Nossas asas livres semeando pássaros na palma da mão
No berço sagrado desse sentimento
Colher o sustento... Santo alimento do meu coração!

E anoitecer... No céu dos teus olhos
Estrela primeira dos teus pensamentos
Pátria dos teus versos! Teu mar sem escolhos!

Versos! Que já fui um dia! Permaneceis então
Onde já não vivo! Sê a ponte viva da minha saudade
Sê então a alma do que me contém! Desse...

Amor sem cláusulas, filho do impossível, rebento
................................................. Cativo!

By Iza
18/02/2009


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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Despetalando Ocasos

Despetalando Ocasos

Não sabes, acaso, a sina minha!? Nem
Vês minh’alma errando noites sem lua!?
Indeciso vulto distante acenando
Como não respondes, segue abraçando
Sua sempre companheira, a fiel solidão... E na
Santa Poesia, manto de palavras, a consolação!

E marcha noite adentro, peito maltrapilho
Duela com o destino, vagão sem trilho
Em leiras de utopia futurando sonhos
No palor da face... Olhos tão tristonhos
Morta alegria, num amargurado ricto
Espelha no olhar o travor do espírito!

Vaga-lumeiam estrelas no véu da madrugada
Mas indiferente... Avança alma cansada
Enquanto a manhã, crisálide do sol
Num fúlvido levante desperta o rouxinol
Alagando o dia em gaitas de euforia
Desabrochando ninhos... Rindo cotovias!

Ainda não adivinhas, acaso, a sina minha!?
No envesso da vida... Sobreviver no incerto
Cultivando penas, despetalando ocasos, fingindo longes
......................................................... Perto!

By Iza
17/02/2009

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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Ventre da Tempestade

Ventre da Tempestade

Morre a tarde numa sangria vermelha, bebendo das veias do sol uma tentativa derradeira de apanhar estrelas... Que a olham de soslaio, sacudindo tremeluzentes saias rendam-lhe a cabeceira num breve enleio!
E cresce a noite, inda vazia de luar, cobrindo o mundo que roubava o meu olhar trajado de versos e flores, saltitando nas melodias penduladas no velho salgueiro que desconsolado chora a tristeza dos olhos meus, agora vestidos de adeus ao dia que descambou!
E como o silêncio asfixia! Apagaram o mundo!
Ora somente as estrelas ainda conversam comigo, escutam minha saudade... Em lenços de compreensão enxugam a face cansada dessa minha sempre canção!
Nota por nota dedilhada!
Chovendo na noite escura ruas cheias de Poemas, caminhos que bem conheço... Neles sou teu endereço, neles me dou e me perco quando no meu coração te transformas em luar e toda escuridão deixa de ser, pois te deitas no meu mar sem nenhuma castidade, emaranhado em meus cabelos num corrupio louco de audácias e apelos, ciclônica urgência impetando minhas águas, lambendo em vagalhões o ventre..
.............................................................. Da Tempestade!

By Iza
12/02/2009

Balsâmico Amor

Balsâmico Amor

Meu Amor! Vida Minha! Sublime Querer!
Saudade é árvore frondosa estendida no caminho
Onde num mesmo ninho nossos corações palpitam
Suportando ventanias, chagando farpas... Espinhos!

Onde estás ó sol? Porque partiram as estrelas?
E nos sufocam as asas essa noite sem clareiras
Brenha do desespero nessa ausência necessária
Ninho sem núpcias... Sonho com fronteiras!

Plangem minhas mãos as colhidas primaveras
Quando em versos éramos num só botão petalados
Rindo madrugadas... Ora cobertas de heras!

Tantas penas! Tantos ais! Desarrumando os dias
Sem morrer jamais a flama interior, no peito

dessa verdade onde habita esse sentimento...

Estirpe dessa saudade! Balsâmico! Perenal
.......................................... Amor!


By Iza
10/02/2009