
Muralhas fechando meu dia num adormecimento de asas, inertes estátuas, como se quedas assombrassem seus vôos e já não fossem capazes de erguê-los no coração do Poema!
Nos olhos ciscam ainda memórias, porém não esgaravatam palavras como se uma nova contemplação fosse encolher todas as vestes antigas, tão cuidadosamente guardadas, pois teu estio se fez cratera no peito da viagem afligindo suas margens, nossas pontes silenciaram prometendo erosiva solidão!
Como sorrir minha janela em teu horizonte se tua presença, retalhos tão pequenos, não permite um olhar além das recordações e todos as paisagens, cuidadosamente cerzidas ao NÓS, desmaiam entre os parênteses (............) desbotados de tuas cores!?
Se ao menos, toda essa estrada, significasse amanhãs! Talvez fosse mais fácil beber as minguantes, apagar este grito, desaparecer esta bruma a emparedar-me o coração!
Desmaiam já, na celeridade do tempo, as últimas camélias! O sol, esquecido do meu quintal, dissolve-se além deste muro dentro do qual vivemos, eu e o passado... Pois o teu hoje, de malas assustadas, não me convida para ti e o amanhã fragmenta-se num mar de empeços parecendo não nos pertencer!
Na teimosia, inda sobrevivemos esperanças!
Mas... Todas as minhas estrelas reclamam por ti, na impossibilidade de céu, quebram a noite dormindo sua luz no breu da ausência e a lua se fez reflexo do meu espelho apagando ao mundo sua cansada...
........................................................................ Poesia!
By Iza
29/03/2009
29/03/2009
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