segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Deste Amor Antigo

Deste Amor Antigo

Inquebrantável elo, nosso Amor antigo
Fruto maduro... Doma sereno a feroz solidão
No sempre do tempo, este ponteiro indefinito
Vinho generoso no cálix do coração!

Abrindo as cortinas dos pensamentos
Galope do sonho, pelas tantas pelejas desta
Vida, no hálito da brisa tua... Eterno nos crescia
Enraizado nesta asa proibida! Matiz dos meus...

Versos... Meadas de lembranças! Tranças
Da minha sina, d'estrela contando noites, n'alma
Da esperança! Silentes olhos, sob o sol cadente...

Magicando nós dois: plantados n'uma casinha, bem
No peito da colina, flores gargalhando no jardim
De dentro, brandos cisnes em sua paz imaculada...

Nossas mãos enamoradas, conversando Amor, vida afora
.................................................. Céu adentro!

By Iza
20/09/2009


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sábado, 26 de setembro de 2009

Duvidosa Procela

Duvidosa Procela

Tuas palavras e lacunas sobre a mesa
Testemunham minha noite encharcada de
Pranto! Lenços de versos molhados de adeus
Aflitos poréns... Tristezas, um manto!

Fragmentos de lembranças se estendem
Pelas paredes da nossa história
Respiro-as! Me invadem! Confusos porquês
Interrogam o abismo da nossa trajetória!

Tuas flores permanecem intactas! Ainda
Exalam o cheiro do teu Amor petalado de
Paraíso, voz do meu arrepio, minha metade...

Exata! Duvidosa procela, esta que nos ameaça
Se teus gestos depõem contra as palavras e tua
Saudade ansiosa me espia pela vidraça! Porque...

Espancar o sol se a vida, sem amor, é apenas sombra
............................................... Que passa!?

By Iza
21/09/2009


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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Noites Traiçoeiras

Noites Traiçoeiras

Pelos mundanos caminhos, d’espinhos
D’rosas, podemos enganos... Falsos apogeus
Nem sempre lembramos o incerto amanhã
Daqueles que a vida, do chão, não ergueu!

E “justos” seguimos, tal qual fariseus, não
Vemos as nódoas nos dias tecidas, detrás das
Cortinas da aparência, ouro de tolo, desnortedas
Balanças em falsas medidas! Culpas sob o tapete...

Não cegam a verdade! Que vale a matéria, ostentoso
Aparato, se o céu e a bonança somente se alcança
Pela caridade! Sombras vaidosas no lastro...

Da noite! Opulência dos Insensatos! Na taça do
Orgulho que ora embriaga, também é bebida, a
Consequência dos atos! Que os degraus da subida...

Na fatal descida, não sangrem no peito sofridas
.............................................. Adagas!

By Iza
23/09/2009


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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Trincheiras do Silêncio

Trincheiras do Silêncio

Será que sei!? Ando enclaustrada Poesia
Vê estas ataduras nos meus versos!?
As farpas dos nossos medos os feriram
Nas trincheiras do silêncio dispersos!

Nada sei... Ponte ou abismo!? Sigo ou paro!?
Será este sonho em sombras desfeito, pelas
Lágrimas consumido!? Dizer o quê!? Se a tua
Mudez estrangula-me as palavras no peito!

Me abraçam a alma... Violadas de lembranças
Teu luar, na madrugada, extasiando meu céu
Ofego da minha saudade no fascínio da tua dança!

Se do sol precisasse, tu o erguerias... E a
Lua calasse, teus olhos a recitariam! Estrelas!?
Éramos nós, em plena tarde! Princípio e...

Meio! Jamais o fim, que anda nos assombrando
....................................... Sem piedade!

By Iza
19/09/2009


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sábado, 19 de setembro de 2009

De Ti Me Habito

De Ti Me Habito

A tarde finda! No campanário choram sinos
Piedosa hora esta que me socorre aflita
Deitando o sol à aurora do oriente, balouçam
Arvoredos... Berços de asas e trinos!

Dormem a pressa e as revoadas no manto
Desta mansidão, só um gato no telhado inda
Se espreguiça... Um queixoso cão ladreja
Rezinga às parcas buzinas, n´um conclame...

À quietação! E o olhar faceiro da lua
Grinaldado de estrelas, debulha-se na rua
Penteando a cabeleira sobre a cidade nua!

O primeiro bocejo da noite me estremece o peito
No colo dos pensamentos dispo-me em tuas mãos
Descalça de preceitos, expulso desditos! Nos...

Braços desta hora, em teus olhos fico! De ti, me
............................................... Habito!

By Iza
15/09/2009


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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Máxima da Igualdade

Máxima da Igualdade

Tempo! Inexorável laço na garganta dos dias
Termo da carne no cadafalso da vida
A cada suspiro das horas... Tear do silêncio
Fio a fio, vai tecendo a despedida!

Sem apelações! Do nó, a mão feitora
Ao rico e ao pobre, ao ateu e ao crente
Não olha caras, nem há donos das situações
Cartas marcadas... Coringas inexistentes!

Falsa glória! Tulha abarrotada de Ilusão! Para
Quê amontoar diamantes, se a pepita do peito
Pende no alçapão!? N'um átimo nos decide a...

Sequência, sem tomar obediência! Porque
Acumular resíduos que nos estragam a essência!?
Se o efêmero da carne fenece, n´alma...

Podemos a eternidade! Carrasco! Máxima da
....................................... Igualdade!

By Iza
14/09/2009


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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

No Balanço das Horas

No Balanço das Horas

Deixo-me na memória dos enganos
A estampa do agora não celebra vitórias
Tantos planos! Sonhos erguidos! No afobo
Espancados... ora lágrimas, no pódio da história!

Despetalei, sem valia, a flor da idade
Suores calejados em ladeiras de pouca serventia
Preto e branco os olhos da minha mocidade
Rascunho silenciado nas gavetas do dia-a-dia!

Pétalas! Tantas esperdicei pelas sendas
D'outrora! Venci horizontes... Para que!?
Se minh'alma submissa mordaça!? Se o rascunho
Deveras, desconhece auroras!? Rédeas não...

Quebrei, no cabresto da obediência sepulta
De jugo em jugo, meu coração, terra ignorada
Inculta... Vontades amarrotadas no ser! Se
Passada a limpo, do tudo que sou e tenho...

Contra todas as tempestades, minha maior ventura
.................................................... Você!

By Iza
07/09/2009


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terça-feira, 8 de setembro de 2009

Motivo da Minha Janela

Motivo da Minha Janela

Aconteça-me aluviões, levante primaveras
Surpreenda meus olhos, apalpe minha emoção
Comova-me a rotina de musgos e teias
Nas veias da minha história injete coração!

Sou rio pouco navegado, torturada nascente
Meu leito padece soturnos desertos
Me ensine tuas águas... Tempestades de
Areia me asfixiam o sonho, já vôos incertos!

Sê! Brisa matutina que a tristeza esboroa
Despedindo nevoeiros da face do meu céu
Consuma minha fome... Extremos, perdoa!

Vê! Bulcões de nuvens arquitetando procelas
De popa a proa, conduza minha embarcação
Na míngua da fé, não me deixe sem velas!

Sê! Farol na rebentação, motivo da minha
........................................ Janela!

By Iza
08/08/2009


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domingo, 6 de setembro de 2009

Asas da Minha Pena

Asas da Minha Pena

Meu coração onde este amor troveja
Matando a sede... De sede amargando
Sagrada lança que rasga e sutura
Minh’alma entregue, sorrindo e soluçando!

Vai sufocando e fôlego novo dando
Do sonho, a terra! Da terra, o sonho
Almo dilúvio... Doçura melancólica
Transfigurada, noites com sol transponho!

Pira ardente no peito florescida! Imperecível
No vai e vem da vida... Silêncio que é
Escudo, verdade proibida! Noctívagas...

Açucenas, rorejam-me o peito nas gotas do teu
Cheiro, conduzem-me à brisa do teu douto espírito
Sebe de rosas sobre um despenhadeiro! Meu...

Doce cativeiro, casulo do delírio, asas da minha
................................................. Pena!

By Iza
06/09/2009


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terça-feira, 1 de setembro de 2009

Por Um Teu Instante

Por Um Teu Instante

Vibro salmos em espasmos de violinos
Convenço luares, improviso pontes
Abismo oceanos... Rasgo o céu
Envelheço a tarde por um teu instante!

Na largura dos montes meus passos cansados
Jamais desmoronam! Avante! Avante!
Pertinazes sempre... Quebram horizontes
Pelas ruas do tempo buscando teu semblante!

E perco meus olhos na tua claridade
Abolindo poeiras dos meus pensamentos
Meus versos diluindo em harpas de saudades...

Teu nome proclamam em trovões de clarins
Ballet de nuvens, bouquet de estrelas
Bosque citaredo d'epitalâmios querubins!

Infinitos te componho, cérula vestimenta do meu

................................................. Sonho!

By Iza
14/03


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