quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Ventre da Tempestade

Ventre da Tempestade

Morre a tarde numa sangria vermelha, bebendo das veias do sol uma tentativa derradeira de apanhar estrelas... Que a olham de soslaio, sacudindo tremeluzentes saias rendam-lhe a cabeceira num breve enleio!
E cresce a noite, inda vazia de luar, cobrindo o mundo que roubava o meu olhar trajado de versos e flores, saltitando nas melodias penduladas no velho salgueiro que desconsolado chora a tristeza dos olhos meus, agora vestidos de adeus ao dia que descambou!
E como o silêncio asfixia! Apagaram o mundo!
Ora somente as estrelas ainda conversam comigo, escutam minha saudade... Em lenços de compreensão enxugam a face cansada dessa minha sempre canção!
Nota por nota dedilhada!
Chovendo na noite escura ruas cheias de Poemas, caminhos que bem conheço... Neles sou teu endereço, neles me dou e me perco quando no meu coração te transformas em luar e toda escuridão deixa de ser, pois te deitas no meu mar sem nenhuma castidade, emaranhado em meus cabelos num corrupio louco de audácias e apelos, ciclônica urgência impetando minhas águas, lambendo em vagalhões o ventre..
.............................................................. Da Tempestade!

By Iza
12/02/2009

4 comentários:

Beatriz Prestes disse...

Enfrentando tempestades da alma....
Tempestades que movimentam a alma, não nos fazem esquecer quem somos!!!!
MARAVILHOSO MINHA FLOR LINDA!
Beijo com amor
Bea

Poemas e Cotidiano disse...

Minha amiga...
Que maravilha de poema!
Esse seu fim, sempre tao
trabalhado, de uma forma natural
e tao linda!
Demais minha querida!
Beijos
MARY

Anônimo disse...

Iza amiga querida!

Ler seus poemas é viajar através da sua imaginação,
onde a poetisa instiga o leitor com sua perspicácia.
Acabei de ler alguns textos,contudo Ventre da Tempestade é magnífico!
Linda amiga, quero deixar meu agradecimento por sua amável visita
e mensagem deixada em meu Livro.
Sem vocês a festa não existiria!
beijos e meu carinho menina querida.
Nadir D'Onofrio
http://www.nadirdonofrio.com

Anônimo disse...

~Poetisa Mor*

Morre a tarde numa sangria vermelha, bebendo das veias do sol...
a tristeza dos olhos meus, agora vestidos de adeus ao dia que descambou

Apagaram o mundo!
Ora somente as estrelas ainda conversam comigo, escutam minha saudade...
Em lenços de compreensão enxugam a face cansada dessa minha sempre canção!

Onde fica Florbela Espanca?
Sua linguagem poética é ÚNICA!
ÍMPAR!!! ABSOLUTA!

Venho aqui sorver o alimento que me sustenta a alma!

Bravíssimo!!!

Seu + simples Anônimo